"A ansiedade é um sério problema não somente para a saúde e o bem-estar do empregado", diz especialista responsável.
O efeito da ansiedade no ambiente de trabalho no rendimento profissional está estreitamente ligado com a qualidade do relacionamento entre funcionários e seus chefes e colegas de escritório, em geral.
É isso o que diz um novo estudo da Universidade de Toronto, focado em oficiais do serviço nacional da polícia canadense.
Os altos níveis de estresse e exaustão emocional derivados do local de trabalho podem levar a um rendimento bem abaixo do esperado.
"A ansiedade no ambiente de trabalho é um sério problema não somente para a saúde e o bem-estar do empregado, mas também para o desempenho empresarial" explicou John Trougakos, professor especialista em comportamento organizacional.
Não é novidade que oficiais da polícia trabalham sob pressão em um meio ambiente de muita responsabilidade e estresse – não só em confrontos com agressores, cenas de crimes e vítimas de abuso ou morte. É um papel complicado e desafiador servir e proteger o público geral.
"Os agentes da polícia, como todos nós, têm uma quantidade finita de recursos que podem tirar para
lidar com as demandas de seu trabalho", diz Julie McCarthy, gestora de integração entre vida profissional e especialista em estresse.
"Se os recursos se esgotam, os altos níveis de ansiedade no local de trabalho podem levar a exaustão emocional e isso vai afetar, por último, no desempenho no trabalho".
O estudo, que envolveu 267 oficiais por todo o Canadá, também aponta que a qualidade dos relacionamentos entre eles e seus pares e supervisores podem ajudar a reduzir a potencialidade dos efeitos causados pela ansiedade no ambiente profissional.
"Nossas constatações lembram a importância de programas que permitam os funcionários se recuperarem, construir resiliência e desenvolver uma base social sólida de contatos dentro do seu local de trabalho", completa McCarthy.
Os departamentos de polícia, no entanto, não são os únicos locais de trabalho que se destacam negativamente pelo estresse e, consequentemente, pelo impacto dele no rendimento profissional. Cerca de 41% dos empregados no setor industrial sofre deste tipo de problema.
(Fonte: Tribuna da Bahia)