Na manhã de terça-feira (26/7) na “Assembleia Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Emprego e Garantia de Direitos”, sindicalistas da Nova Central, CUT, CTB, Força Sindical, CGTB, Nova Central, CSP Conlutas e CSB lotaram o auditório do Espaço Hakka, na Rua São Joaquim, 460 – Liberdade, no centro de São Paulo e aprovaram um plano de lutas e propostas de combate aos retrocessos propostos na Previdência Social e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela equipe do presidente interino Michel Temer (PMDB).
O presidente Nacional da Nova Central, José Calixto Ramos (Sr. Calixto), tanto na entrevista coletiva para a imprensa
como no evento, disse que o momento requer muita responsabilidade e mobilização permanente do movimento sindical, pois já ficou nítido que a prioridade do Presidente em exercício, desde a sua posse, é o combate ao déficit público e aprovar no Congresso Nacional medidas “amargas” para todos os trabalhadores (as).
“Neste momento a água já chegou ao pescoço. Não podemos nos dar o luxo de alimentar quaisquer divergências. Nossos adversários se utilizam repentinamente da mentira de que para impulsionar o crescimento econômico do País é preciso mexer na CLT e Previdência Social. Se deixarmos, pela repetição, a mentira virar verdade, seremos cobrados implacavelmente pelos que deposita em nós a confiança para resolver seus problemas”, afirmou.
Ao dizer que Mudanças na Previdência são “inaceitáveis” para trabalhadores (as) recebeu calorosos aplausos. Assim que encerrou seu discurso, por unanimidade foi aprovado uma carta em que criticam a atuação do governo no combate ao desemprego, que segundo o IBGE, a taxa ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio. Isso equivale a uma desocupação de 11,4 milhões de pessoas.
Considerando a necessidade urgente do aumento dos níveis de emprego, as Centrais Sindicais convocam todos/as os/as trabalhadores/as para o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos, a ser realizado em 16 de agosto de 2016, em todo o Brasil e reivindicam a adoção das seguintes medidas, como formas de combater o desemprego, gerar mais empregos e manter os direitos e as conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras:
Propostas aprovadas:
Redução da taxa de juros que viabilizem a retomada do crescimento industrial;
Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;
Retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la;
Retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás e o Pré-Sal;
Destravamento do setor de construção, através de instrumentos institucionais adequados, que garantam a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor;
Criação de condições para o aumento e manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação;
Adoção e aprofundamento de políticas que deem sustentação ao setor produtivo, de adensamento das cadeias e reindustrialização do país, com contrapartidas sociais e ambientais;
Incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social.
Fonte: NCST