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Notícias

12/06/2018

Sistema tributário é um dos motores da desigualdade no Brasil

Especialistas assinaram carta em defesa de uma reforma justa, que em vez de reduzir a renda dos mais pobres passe a taxar a renda e o patrimônio dos mais ricos No encerramento da primeira edição do Fórum Internacional Tributário (FIT), realizado na última semana em São Paulo, acadêmicos, especialistas, dirigentes e técnicos das administrações da União, estados e municípios assinaram o documento intitulado Carta de Consenso: A reforma tributária necessária, que traz diretrizes para uma reforma tributária justa para o país. Do evento, promovido pelo Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp), pariticiparam nomes como o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani e o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "O encontro pretende se tornar um núcleo permanente para a busca de melhoria nas complexas questões tributárias, entendidas como ponto de partida para o desenvolvimento, porém sem abrir mão do seu papel promotor do bem-estar social", disse o vice-presidente do Sinafresp, Glauco Honório. O primeiro aspecto apontado na carta tem relação à sentença defendida por auditores-fiscais de renda de que, no Brasil, pobre paga mais impostos. "O caráter regressivo da tributação é um dos determinantes da crônica desigualdade da renda no Brasil, uma das mais elevadas do mundo, convergindo em muitos aspectos com países como Índia, México, África do Sul e alguns países da Ásia", afirma. Durante o Fórum, como apresentação de exemplo positivo, em contrapartida, foram apresentados os modelos tributários de países nórdicos como Dinamarca e Suécia. O documento classifica a desigualdade brasileira como "brutal", o que é amplificado por um sistema de tributação injusto. "Para além da dimensão ética, a dramática desigualdade interdita o dinamismo da economia nacional, destrói a coesão social e emerge como a principal causa das taxas de homicídio, superiores às das guerras e conflitos mundiais mais sangrentos, que estão dilacerando o nosso país", afirma. Parte do problema, como afirmam os pesquisadores, está nos processos sociais e econômicos que levaram a essa conjuntura. "A desigualdade da renda é apenas uma das faces das disparidades sociais brasileiras, que vão muito além dela, estando por toda parte, iniciando-se pelas desigualdades históricas, herdadas por mais de três séculos de escravidão."... VEJA MAIS NO SITE DA REDE BRASIL ATUAL.

(Rede Brasil Atual)