29/11/2018 O SUS SOBREVIVERÁ À ERA BOLSONARO? Caso Mais Médicos e escolha de ministro da Saúde indicam desmanche à vista para sistema, única opção para 70% dos brasileiros. O governo Bolsonaro trata a saúde como negócio Três décadas depois da sua criação, o Sistema Único de Saúde entra na fase mais crucial da sua história. Embora repleto de problemas, principalmente nos grandes centros urbanos, e historicamente subfinanciado, o SUS está entre os modelos mais abrangentes de atendimento no planeta. Cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente do serviço público e muitos tratamentos de alta complexidade só são oferecidos pela rede estatal. O embate com Cuba no caso do programa Mais Médicos e a escolha do deputado Luiz Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde indicam, porém, um propósito de desmonte do SUS a partir de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro recebe a faixa presidencial de Michel Temer. Apesar de ter prometido respeitar a Constituição, Bolsonaro não mede as consequências de suas diatribes ideológicas. O caso do Mais Médicos é sintomático. A partida dos cerca de 8 mil profissionais cubanos vai deixar, ao menos temporariamente, 2,8 mil municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas sem atenção básica de saúde, um dever do Estado, estabelece a Carta Magna... (Fonte: CartaCapital) |