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Notícias

17/09/2019

Comunicado aos trabalhadores da categoria - Reajuste Salarial / Normas Coletivas

                                                                                        

Depois de mais de um ano de negociações, finalmente conseguimos assinar as Convenções Coletivas relativas as datas bases de 01/08/2018 e 01/08/2019.

O reajuste total nos salários e demais benefícios (cesta básica, vale refeição, etc.) deverá ser de 8,77%, sendo 3,61% retroativo a 01/08/2018 e 5,16% a partir de 01/08/2019, certamente uma conquista razoável considerando o quadro econômico atual.

As diferenças salariais e de benefícios decorrentes do reajuste de 3,61% retroativo a 01/08/2018 devem ser pagas até o final desse ano e a diferença do mês de agosto de 2019, decorrente do reajuste de 5,16% deve ser pago de imediato.

Outro ponto importante é que conseguimos finalmente regulamentar o repasse da gorjeta, uma luta de séculos de nossa categoria.

A partir de agora as empresas deverão adotar um dos modelos de regulamentação propostos na CCT, escolhendo-o em consenso com seus empregados, acabando com as incertezas acerca de como ela é repassada, revestindo de transparência todo o processo de apuração e repasse, e em caso de denúncia de irregularidade, uma Comissão Sindical irá até a empresa verificar o que está ocorrendo.

Outra grande conquista foi a cesta básica adicional aos empregados que trabalham em dois turnos, com intervalo de mais de duas horas entre um turno e outro. A partir de agora esses companheiros terão direito a uma cesta básica adicional, ou crédito em cartão alimentação, além da cesta básica já prevista na CCT.

E considerando a onda destruidora de direitos que vem assolando o País, podemos comemorar como mais uma conquista a manutenção das demais cláusulas da CCT.

Veja agora como ficaram as cláusulas econômicas das CCT’s:

 

CCT 2018

CCT 2019

Piso salarial

R$ 1.465,00

1.540,60

Cesta básica

R$ 135,03

R$ 141,99

Convênio médico

R$ 135,03

R$ 141,99

Quebra de caixa

R$ 69,36

72,93

Vale refeição

R$ 19,87

R$ 20,89

Auxílio Creche

R$ 293,00

R$ 308,12

Lamentamos a demora na finalização dessas negociações, mas o importante é lembrar que mantivemos os direitos já conquistados e avançamos mais um pouquinho. Poderíamos ter fechado antes, mas teríamos que aceitar retrocessos com a retirada de diversos direitos conquistados ao longo de décadas.

O fato é que essa onda devastadora de direitos sociais que começou com a reforma trabalhista tem invertido as posições nas negociações coletivas. Há vários anos os patrões passaram a fazer exigências para renovar a CCT, ignorando as reivindicações dos trabalhadores, justificando-se sempre na crise econômica. Como sempre, quem acaba tendo que resolver as crises econômicas criadas pela elite são os trabalhadores.

Por isso é fundamental que todos se empenhem no fortalecimento do Sindicato, pois o trabalhador não tem mais com quem contar a não ser com sua entidade de classe. Vejam que desde 2016 temos visto o Executivo e Legislativo atuarem em benefício exclusivo dos poderosos, especialmente do setor financeiro, impondo aos trabalhadores ativos e aposentados sacrifícios com a retirada de direitos.

O golpe no trabalhador só não foi maior graças à ação das entidades de classe, as quais também estão sendo fortemente atacadas, justamente porque dificultam os planos dos poderosos.

Se não houver uma conscientização urgente de todos os trabalhadores para tudo que vem ocorrendo corremos grave risco de perdermos tudo que conquistamos nos últimos 100 anos.

Basta lembrar que sem o Sindicato não existiriam mais os direitos da CCT, pois ela também não existiria mais. O fato é que o fim do Sindicato não representa apenas o fim do atendimento jurídico, odontológico, colônia, clube, etc. Essas seriam perdas insignificantes perto da perda principal que é a eliminação de uma entidade que possa reivindicar melhorias, manter e exigir o cumprimento de direitos já conquistados, sem o risco de ser demitido.

Sim porque sem o Sindicato cada um teria que enfrentar seu patrão para pedir o reajuste salarial quando não aguentasse mais, porque data base também não teria mais. Você já se imaginou fazendo isso? E se o patrão dissesse que, além de não poder reajustar seu salário, ainda precisaria reduzi-lo para conseguir superar a crise, o que você faria? Ah, mas isso ele não pode, a lei não permite. Certo e como você faria para exigir o cumprimento da lei? Contrata um advogado e processa a empresa trabalhando? Pense seriamente a respeito.

Daí porque todo trabalhador deve conversar com o colega que não quer contribuir com a manutenção da entidade, lembrando-lhe que ele está contribuindo para o enfraquecimento da categoria e colocando em risco a sobrevivência de todos, pois o fim do Sindicato eliminará qualquer resquício de união da categoria e sem união seremos escravizados pelos detentores do poder econômico e político.

Lembre seu colega que não contribui com sua entidade que ele está gozando das vantagens decorrentes da atuação do Sindicato, como todos da categoria, mas os custos para a manutenção da entidade estão sendo suportados apenas pelos que contribuem. Ou seja, uma postura nada ética e fundada exclusivamente na Lei de Gerson.

Por isso conclamamos todos mais uma vez a se unirem em torno do Sindicato, contribuindo para seu fortalecimento, inclusive conscientizando os colegas que ainda não se deram conta do que estamos passando, trazendo e repassando informações de interesses de todos. Lembre-se, não existe saída se não houver união de forças. Ninguém vai a lugar algum sozinho.

 

Pela Diretoria

Renata Magalhães