21/10/2022 Você ainda acredita!
O governo de Jair Bolsonaro ameaça jogar uma verdadeira pá de cal sobre os(as) aposentados(as) e pensionistas. Com o pretexto de reformular o teto de gastos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, planeja frear o crescimento de despesas congelando os benefícios previdenciários ou aqueles atrelados ao salário mínimo. No resumo, milhões de aposentados(as) teriam seus salários congelados, perdendo ainda mais o poder de compra, já corroído pela inflação. Bolsonaro e Guedes pretendem congelar o salário e as aposentadorias. Com cerca de 3 mil professores(as) aposentados(as) e sem paridade, a manobra do governo congela o salário, da mesma forma que FHC fez com os aposentados sem paridade. Para colocar o plano em ação, Guedes e Bolsonaro adotariam como medidas a desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. Hoje, os dois parâmetros são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, o que garante ao menos a reposição da perda pelo aumento de preços observado entre famílias com renda de até cinco salários mínimos. A única trava para que o ministro da Economia dê o sinal verde para isto seria a reeleição de Jair Bolsonaro. Nesse caso, uma proposta de emenda à Constituição seria apresentada no dia seguinte à eleição. No resumo, caso a PEC seja aprovada os(as) aposentados(as) teriam uma correção abaixo da inflação nos benefícios previdenciários. Para se ter uma ideia da dimensão da mudança, o INPC de 2021 teve alta de 10,16%, percentual usado na atualização do salário mínimo para R$ 1.212. Caso apenas a meta de inflação de 2022 fosse aplicada, a elevação seria de 3,5%. Se a opção fosse pela expectativa do início do ano para o IPCA em 2022, o reajuste seria de 5,03%. |